sexta-feira, 31 de julho de 2009

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O maravilhoso mundo do roque.




Nada a declarar

Muitas pessoas dizem que sou chato, e muitas vezes sou obrigado a concordar com a maioria. Tenho uma dificuldade absurda em gostar das coisas e vez ou outra nem eu mesmo entendo o porque eu não gosto. Já me falaram que sou um velho de setenta anos preso no corpo de vinte e tantos.

Minha intolerância já me rendeu os mais variados problemas, e o meu radicalismo me faz ver as coisas da maneira mais clara possível: tudo preto no branco.

Já tem um tempo que eu andava pensando em achar uma forma de usar essa minha “raiva do mundo” de alguma forma produtiva. Pensei em milhares de possibilidades, mas a falta de tempo, paciência e mais outros fatores sempre me faziam desistir. Na verdade não queria fazer parte das coisas que eu tanto detesto – mesmo já fazendo -, e nem queria cair em linguagens artísticas rebuscadas, conceituais, e todas essas baboseiras de meninos que fumam maconha e estudam humanas.

Confesso que depois de um tempo, nem precisei pensar tanto assim pra arrumar uma resposta. Acordei e pensei que poderia escrever tirinhas. Nunca fui “humorista” e tenho várias ressalvas com as comédias. Tenho um senso de humor bem estranho e particular. Na verdade nem me proponho a ser engraçado, nem intelectual ou nada assim, quero apenas mostrar que continuo chato, como sempre fui.

Acordei e decidi que poderia fazer tirinhas. Vamos ver quanto tempo eu levo pra desistir dessa idéia.

Apesar de todos os pesares, o lugar comum foi o que pareceu mais “diferente” de se fazer.